terça-feira, 13 de outubro de 2009

- Linha do Tempo -

Sem querer perder tempo para não deixar que as memórias me fujam da mente volto aqui para narrar a vocês o que fizemos após o relatado na última postagem.
Depois do show em Recife, voltamos ao hotel e partimos praticamente imediatamente para o aeroporto. Estávamos a caminho de SP, onde partiparíamos do Hoje em Dia, da rede Record, em prol da socieadade Pestalozzi, com diversos artistas e personalidades envolvidos. Reencontramos nossos amigos do Tihuana, o Vinny estava por lá também, muita gente circulando nos bastidores e adoro observar as manias e maneirismos das pessoas nos momentos que antecedem à apresentação.
Eu, como sempre estou com ou uma guitarra ou violão na mão, fico tocando para distrair, relaxar, etc. Cada um com sua maluquice mesmo.
Entramos e fomos recebidos calorosamente pelo público. Playback é divertido, não precisamos nos preocupar em tocar certo e é comum ver o Fabinho saindo da bateria com uma estante e um prato nas mãos, ou com a caixa embaixo do braço enquanto a outra mão segura uma baqueta. Já até trocamos de instrumentos algumas vezes, sem querer avacalhar os respectivos programas, apenas descontração.
De lá fomos direto para o aeroporto novamente, rumamos para Brasília. Sem dormir, claro. Parece que não dormiremos nunca mais. Até hoje está meio assim.
Chegamos em Brasília e uma van nos aguardava com destino à Formosa/GO. Pegamos um mega-engarrafamento (tem hífen?) e víamos lá de cima da colina a extensão do mesmo, dando um ar totalmente ficção científica ao momento. Tudo parado, luzes vermelhas descendo, enquanto luzes brancas subiam em nossa direção, dos carros que vinham na pista oposta. Parecia um cenário de Blade Runner ou Guerra dos Mundos...
Como já estávamos na merda (me perdoem o linguajar), relaxamos de vez. Alguém ligou um celular e começamos a ouvir uma música que não me recordo, alguns tentavam cochilar, eu mesmo não me recordo o que fiquei fazendo para matar o tempo.
Chegamos na cidade e foi o tempo de ir no hotel, tomar um banho, tentar comer alguma coisa e voar pro show. Era um show com um público de jovens esportistas, 27 cidades competiam nos jogos, etc e tal.
Fizemos o show elétrico e o circo pegou fogo! Pelo menos um vento refrescante soprava, diminuindo o calor do cerrado. A galera se inflamava a cada música e nessa hora o cansaço dá lugar à adrenalina e com ela circulando a gente fica gigante, invencível, incansável...
Não pudemos receber tantas pessoas após o show e adivinhem por que?
Direto pro hotel, um banho rápido e rumamos novamente estrada afora para o aeroporto de Brasília.
De lá, pegamos um vôo pro Rio e nosso querido Favelão nos esperava para nos levar a Volta Redonda.
Dormimos muito pouco, víamos mais um dia nascer e nada de pregarmos os olhos numa cama quentinha e macia. O Favelão nessa hora é tudo e apesar de perto, apagamos durante o trajeto até a Cidade do Aço.
Chegamos lá e uma agenda de divulgação forte nos aguardava. Faço questão de ir a todos os compromissos, ainda mais num momento importante como esse de lançamento de cd e dvd.
Almoçamos e visitamos uma rádio, depois recebemos jornais e rádios universitárias no próprio hotel. Tico e Fabinho precisam descansar mais, senão ele fica sem voz e o outro sem disposição para tocar e imprimir aquela pegada nos shows. Dj, Tchello e Philippe foram comigo aos compromissos e aos poucos fui ficando acabado. Consegui dormir algumas horas quando fui acordado pelo Daltinho me pedindo para descer para irmos pro show. Nem acordado eu estava ainda!!!
Tomei um banho voando e partimos para o show. Foi um encontro de motociclistas e outros shows bacanas estavam programados. Um cover perfeito do Raul Seixas e a clássica banda carioca de blues, o Blues Etílicos. Me lembrei de quantos shows deles eu vi no antigo Circo Voador e como eles me hipnotizavam com suas performances matadoras.
E estávamos nós fechando a noite após os caras. Muita honra. Praticamente todos nós fomos ver o show deles lá do palco e acho que isso nos inspirou.
Quando atacamos foi destruidor. Tocamos o show elétrico que também tinha mais a ver com a proposta do evento. Tocamos as nossas todas, algumas versões e tocamos por horas e horas, pelo menos essa foi minha sensação. Estávamos cansados, mas relaxados. E a platéia veio conosco!
Do palco, o Greg, do Blues Etílicos, estava pirando! Acho que ele não tinha muita noção da pegada da banda ao vivo.
Lembro também que ele tocou no disco do meu mestre Carlos Café, mas eu nunca tinha tido a oportunidade de conversar com ele.
Depois do show batemos um papo rápido, não entendi muito do que ele falou porque o Blues Etílicos leva à risca o "Etílicos" em seu nome. Mas o que importa é que vivemos ótimos momentos e mais ainda : Dormiríamos em Volta Redonda e sairíamos só depois do meio dia em direção à Vassouras!!!
Zzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzz...

Horas depois entramos no Favelão e partimos para mais uma rápida viagem, numa região linda do RJ. Vassouras é uma terra cheia de verde, clima maravilhoso, quente de dia e bastante ameno à noite. Seria nosso quarto show seguido e era a festa de aniversário da cidade, rica e próspera na época do Café. Várias fazendas lindas estão nessa região, próxima a Miguel Pereira, Morro Azul, Pati dos Alferes. Vivi muitos momentos da minha infância e adolescência nessa região...

Ficamos hospedados num hotel que parecia ser uma fazenda, mas soube que era uma espécie de convento, o Sagrado Coração de Maria, que tem em tantos lugares... há anos virou um hotel e comi muito bem, tentando recuperar as forças. A essa altura já estava doente, uma gripe forte havia se instalado no dia anterior, mas mantive a concentração e economizei energia o máximo que pude. Essa gripe, depois mal curada, viraria uma sinusite que ainda está sendo tratada à base de antibióticos. Até nisso a banda é unida. Tico também caiu de sinusite, por exemplo.
Fizemos o show acústico na festa e tivemos a sensação de estar com o freio de mão puxados. Os dois shows anteriores haviam sido elétricos e a mil por hora, além do desgaste e da correria. O show transcorreu bem, mas ficamos com a sensação de que se talvez tivessemos feito o elétrico a galera tivesse se esbaldado mais. Mas acho que pra nós, foi melhor assim.

Depois conversamos sobre os shows que viriam em seguida, Ceará Music e Capim Branco. Será que valeria a pena fazer o acústico inteiro no Festival? Ou um show híbrido? Ou todo elétrico? Uma certa tensão se instalou e isso já é assunto para o próximo capítulo...

Aos poucos vou soltando fotos desses dias intensos, o blogger.com agora está de má vontade, ok?

Até breve, amigos!

Aproveitem a vida!!!!

Abraços,

-R.R-

7 Comentários:

Blogger Carla Aguiar disse...

Que a agenda siga sempre cheia. De preferência, com intervalos suficientes para descanso e nada de doenças! ;)
Adoro os relatos cheios de detalhes.
Aguardo as fotos e o relato dos "momentos de tensão". *rs
Boa semana, querido³.
Beijo grandão.

13 de outubro de 2009 às 17:13  
Blogger Izadora disse...

Quanta coooooisa! rs
A Carla disse tudo acima! *Que a agenda siga sempre cheia. De preferência, com intervalos suficientes para descanso e nada de doenças! ;)*²
Bom Nato, tu sabes que teus relatos são fantásticos!!! Também adoro, pq você sim relata cada coisinha que faz a diferença! :D
To louca pra uma tour aqui no sul heim! \o\
Aguardo as fotos e a sequencia da saga! (saga? agora parei e repeti saga? é correto me referir/dizer "saga"? parece meio estranho mas acho que é entendível) rs* Beijoo!

13 de outubro de 2009 às 17:27  
Anonymous CristiAnA PrAdo disse...

Olá, Renato,
Espero que já esteja melhor de todas as "ites" :)

Muito legal seu texto. Queria ter ido com o Raffael Mello ao show em Volta Redonda. Deve ter sido incrível! Gosto demais da região... passei muitas férias em Bananal, pois meus avós sempre moraram lá.

Saúde e que os melhores caminhos se abram pros Detonautas. Vocês, e a música que fazem, são muito especiais!

beijos, CristiAnA PrAdo

13 de outubro de 2009 às 18:22  
Anonymous Fabi disse...

"Depois do show batemos um papo rápido, não entendi muito do que ele falou porque o Blues Etílicos leva à risca o "Etílicos" em seu nome."
auhauhuahuh...

Sinusite é uma delícia né? Eu tenho isso praticamente 365 dias do ano por causa da rinite, o q muda é q as vezes preciso de antibiotico, outras não. rsrs

Adorei o show em Vassouras, fui só pq ia ser acústico, e se vcs tivessem mudado em cima da hora, ia ficar mto p. da vida rsrss... até pq me ferrei na prova do dia seguinte, mas da pra recuperar. rsrsrs

Volte logo com o capítulo "momentos de tensão"... isso aqui ta igual novela, td mundo esperando pelo dia seguinte p saber o q aconteceu com os mocinhos da história. rs

13 de outubro de 2009 às 20:00  
Anonymous Inamara disse...

Ah que pena que vc não chegou no capítulo "Livraria Cultura em Sampa"....many things to talk...
Uuufaaa...mas tome fôlego mesmo que a coisa ta intensa!! Organismos e defesas debilitados dão sinais pedindo socorro...daí nem adianta, tem que parar...caminha,sopinha e carinho!! (Bãããooo)
Beeeiiijooosss my favorite guitar heroe!!!

13 de outubro de 2009 às 23:26  
Anonymous Bolota disse...

Momentos de tensao é o cacete bando de fofoqueiras !

14 de outubro de 2009 às 09:36  
Anonymous Anônimo disse...

ola renato adorei o acustico aqui em bh no dia 25 de novembro as 12;00 em um evento da universidade una lembra,muito bom voce e incomparavel,lembra da morena baixinha que estava na sua frente te implorando por uma foto rsrs era eu,ate quando voce estava indo embora eu tava la fora de novo te esperando,e voce com toda sua simpatia tirou as fotos comigo,claro te dei um super beijo no rosto deveria ter dado na boca rssrsr, da proxima não tem vez viu,to esperando voces voltarem para bh para ver voce de novo lindo,muito sucesso pra banda

bjao lindoo..

jlr.ludi@yahoo.com.br

28 de novembro de 2009 às 10:31  

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Rock and roll!!!

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